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Relativamente à caloira do Politécnico de Beja...

Desde já expresso aqui o meu desejo de rápidas melhoras e da minha solidariedade para com os pais.


Relativamente às notícias que têm vindo a surgir na imprensa sobre o sucedido:
"Desculpem mas se citações como "Não é a primeira vez que a realização de praxes no Politécnico surge associada a comportamentos considerados excessivos" (pelo que relatam que a caloira em questão não esteve sujeita a qualquer esforço físico e/ou psicológico, portanto não vejo o intuito de colocarem esta afirmação na notícia), "antes de iniciarem a "integração" dos caloiros" (afirmação algo irónica), ou ainda "relatos de violência física e coacção psicológica são uma constante nas praxes", não estão a, discretamente, coagir os leitores de que a culpa é da praxe, então não sei o que mais possa ser. E não, não é de todo mania da perseguição.
Decerto que ninguém pode afirmar com certeza o que se passou ou deixou de passar, mas há muito "bom" jornalista que se aproveita de notícias do género para denegrir ainda mais a praxe.
Afirmações tais como "grande agressividade verbal que acompanha a execução de actividades físicas que deixam os caloiros em estado de grande exaustão" ou "um jovem foi obrigado a fazer flexões com as pontas dos pés e as mãos apoiadas em tijolos (...) Quando terminou o "exercício", estava completamente exausto e alagado em suor e com dificuldade em aguentar-se de pé." são totalmente descabidas, incluindo também o seu "quê" de ironia. Sendo assim, práticas desportivas como simplesmente correr, desportos federados ou até ir ao ginásio serão, aos olhos de muita gente, práticas abusivas as quais não deveriam ser executadas... Absurdo!
Ninguém teve culpa do que se passou. Provavelmente e, como diz numa das noticias, a caloira já teria antecedentes cardíacos e, por vezes, não é fácil detectar os mesmos, se assim fosse não havia jogadores de futebol a caírem inanimados no relvado em pleno jogo (apenas um exemplo).
Agora, deixando o caso da caloira de lado, que espero sinceramente que se recupere, acho que a nossa sociedade devia começar a abrir os olhos e deixarem de ser tão retrógados e deviam começar a usar os dois dedos de testa que têm (ou não).
Estamos perante uma geração que tem tudo o que quer, que se acham os donos do mundo com o famoso discurso do "eu posso, eu faço e eu mando". Se a educação neste país não se tivesse vindo a denegrir com o passar dos anos, nesta altura não teríamos os típicos adolescentes mimados e sem regras, geração Morangos e do Facebook. Dizer que sim é muito fácil, o difícil é dizer que não, o difícil é educar, educar crianças para que um dia mais tarde possam ser cidadãos respeitados e que se dêem ao respeito com valores morais e cientes do que é viver em sociedade e do que isso implica. Vão-me dizer que nunca ninguém apanhou uma "sapatada no cu" enquanto criança por ter feito algo que não devia..., contudo, ninguém morreu nem ninguém ficou traumatizado para a vida por causa disso, aposto que até ajudou muito boa gente a ser o que são hoje. Se todos os pais tivessem por vezes elevado um pouco mais a voz para chamar a atenção, se tivessem dado aquele estalo de reprimenda quando necessário, se tivessem feito dos filhos homenzinhos e mulherzinhas que ajudassem nas tarefas de casa e afins, agora possivelmente não havia este tipo de problemas e tantos outros que existem nesta sociedade de m* onde ninguém se respeita e todos se acham superiores.
Eu quero ver quando esta geração sair da universidade e, eventualmente arranjar um emprego, onde vão pedir para voltarem a ser praxados, pois o patrão é uma besta. Das duas uma, ou baixam a crista e obedecem, sim, O-B-E-D-E-C-E-R, pois a maior parte das pessoas não tem cunhas nem pais ricos, logo se temos de começar por algum lado é por baixo, ou então fazem como na praxe, mandam o patrão dar uma curva. E depois, enfiam uma rolha na boca e outra no c* e não comem nem pagam contas até arranjarem um novo emprego.
Quando é que vão perceber que a praxe é integração para um mundo novo e uma preparação para a vida futura? Claro que há excepções, claro que há bestas que não sabem praxar, mas é uma pequena minoria e, pelo menos na minha academia, essas minorias, quando descobertas sofrem as devidas consequências por esses actos. Depois, se mesmo assim os putos não quiserem ir à praxe, na boa, não vão...amigos à mesma. Só está lá quem quer! Ninguém é obrigado a frequentar a praxe.
Contudo, e agora falando relativamente à minha pessoa, acho que, pelo menos, esta nova geração devia experimentar, nem que fosse apenas isso... Podia ser que aprendessem algo. Para mim a praxe foi um ensinamento, uma forma de integração com novas pessoas, em novos ambientes, fez-me vez que as coisas não são sempre como eu quero e que, por vezes, precisamos de um travão. Fez-me ganhar garra, fez-me aprender tanta coisa... Fez-me crescer.
Se há quem não consiga perceber isto, é realmente uma pena... Posto isto, acho que não tenho mais nada a dizer."

Este foi o (ENORME) comentário que fiz na página de Facebook de um amigo meu aquando, na sequência da partilha de uma das notícias e dos comentários seguidos a esta.


E é isto.

Comments

  1. Eu também sou uma grande defensora da praxe. Foi o melhor ano da minha vida e diverti-me imenso. Há notícias que realmente são claramente tendenciosas --' Sobre a geração, realmente, notei que os caloiros estavam extremamente "rebeledes". Não têm respeito nenhum, julgam que chegam ali e falam connosco da forma que querem. Assim aprendem um bcd de respeito, ao menos; já que, como disseste, não há em casa.

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  2. nao sei o que se passou com a tal rapariga mas eu tenho uma doença cronica e logo no inicio os meus doutores perguntaram se alguem tinha alguma condicionante fisica ou psicologica e quando eu disse que tinha foram os primeiros a dizer para parar caso achasse que fosse excessivo. felizmente nunca tive nenhum problema nem nada que se assemelhe.
    mas a serio, as pessoas exageram TANTO no que toca a praxes... a partir do momento em que consideram que encher é um abuso está tudo perdido. o que é que essas pessoas esperam da praxe? que seja um desfile de moda ou uma ida ao spa? tiram-me do sério. todos os anos por esta altura é a mesma coisa, ja chateia.
    se correr bem, para o ano é a vez do meu irmao ser praxado e ja vai mais do que preparado :b

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  3. em principio... nao sei é para qual dos polos porque sempre falou muito em engenharias. neste momento está bastante inclinado para lei mas ate la ainda pode bem mudar de ideias :b
    beijinhos

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