"Aprendi que amores eternos podem acabar numa noite, que grandes amigos
podem se tornar grandes inimigos, que o amor sozinho não tem a força
que eu imaginei, que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno,
que nós nunca conhecemos uma pessoa de verdade, afinal, gastamos uma
vida inteira para nos conhecermos a nós mesmos, que os poucos amigos que te
apoiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos que te empurram,
que o "nunca mais" nunca se cumpre, que o "para sempre" sempre acaba,
que a minha família com as suas mil diferenças, está sempre aqui quando eu
preciso, que ainda não inventaram nada melhor no mundo do que colo de mãe, que eu me vou sempre surpreender, seja com os outros ou comigo mesma,
que me vou levantar e cair milhões de vezes, e ainda assim não vou ter aprendido
tudo."
Por que tenho de dar dez motivos concretos para não ter, quando não me conseguem dar um único motivo válido para ter?
Bem, hoje senti a necessidade de vir aqui desabafar... Tendo em conta alguns dos acontecimentos da minha vida, por vezes dou por mim a pensar nesta temática de ser mãe. Nunca quis ser mãe. Desde sempre. Nunca tive esse desejo, essa vontade e, apesar de ter uma justificativa perfeitamente válida, questionava-me se era possível haver algo mais - não sei, algum fio aqui no cérebro ligado a outra fonte sei lá - que me levou desde sempre a ter esta ideia. Até porque, nunca fui de ideias certas. Talvez devido à minha ansiedade e à necessidade incontrolável de querer sempre estar a par de tudo e controlar tudo...custa-me muito tomar qualquer decisão que seja, mesmo ponderando todos os cenários possíveis e imaginários. Quanto à justificativa mas óbvia que tenho é certo que é o facto de não gostar de crianças. Oh pah, é uma coisa...não sei explicar. Irritam-me. São chatas, inconveniente, não param quietas, são naturalmente más... Sempre que me deparo num espaço fechado com uma criança aos berro...
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