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"Mais cego é aquele que não quer ver..."

Já lá vai algum tempo em que não me sentia assim. De aperto no coração, um nó na garganta e outro no estômago. Sinto-me perdida, não sei para onde me virar nem o que fazer a seguir. Bem, talvez até saiba, mas não era de todo o caminho que queria seguir.
 
Algo que não devia ter começado da maneira que começou com alguém mais complicado do que eu própria…devia ter sabido que era algo que estava condenado desde o início. Mesmo assim tentei. Dei-me a conhecer, falei dos meus medos e receios, partilhei e dei muito de mim a alguém que cada vez mais mostra que não o mereceu.
Vejo agora que estava a tentar mudar e ajudar alguém que não queria ser ajudado. Alguém que será para sempre um fracassado com uma mente fechada. Uma pessoa desconfiada, autodestrutiva, com a “mania da perseguição” e com o síndrome da inferioridade, achando que toda e qualquer pessoa o vai magoar da mesma maneira que ele outrora magoou outros. Uma pessoa com um grande conflito interior e que só sabe refugiar os seus medos nas drogas, fazendo com que estes “desapareçam” durante umas horas, ao invés de os enfrentar e resolver…
É difícil ajudar alguém que não quer sair do poço onde se encontra… Contudo, eu achei que seria capaz. Por gostar dele, achava que iria conseguir ajuda-lo, fazendo dele uma pessoa melhor e com objetivos de vida…enganei-me redondamente.
É como se a felicidade e o bem estar o incomodassem, tendo de criar pequenos conflitos em tudo o que vê e sente. Começa a ser demais, começa a cansar. E sim, depois de mil e quinhentas tentativas falhadas, de todas as conversas, discussões e argumentos, depois de todos os momentos pelos quais passámos, bons ou não, depois de tudo o que fiz e mudei por ti, depois de tudo…cansei. Sem fazer qualquer sentido e sem dar qualquer argumento válido tocaste num ponto onde não devias ter tocado, a relação que tenho com os meus amigos. Não admito isso a ninguém, muito menos a ti que me devias conhecer melhor que muitos e devias saber que se estava contigo é porque não queria mais ninguém… Nunca me deste ouvidos, nunca acreditaste, nunca o sentiste verdadeiramente. Não sei porquê. Não sei o que mais querias que tivesse feito para que percebesses que a minhas palavras eram sinceras e verdadeiras.
Depois disto, passei o fim-de-semana chateada, enervada. Não conseguia perceber de onde é que aquilo teria surgido, inda por cima estávamos tão bem… Ontem…bem, ontem, fiquei apenas triste. Creio que só ontem me caiu a ficha e percebi que isto tinha mesmo os dias contados e que não vale a pena continuar a bater na mesma tecla. A tua indiferença matou-me. O teu desprezo…a tua capacidade de nem um “boa noite” me dizeres, depois de me teres deixado a falar sozinha no fim-de-semana. Para quem disse que tínhamos de falar quando eu voltasse deixaste muito a desejar…aliás, sempre deixaste. Magoaste-me mesmo. Senti-me usada e traída. Senti que todo o esforço foi em vão e que tudo pelo que passámos não tem qualquer valor para ti, nem eu fosse por respeito e consideração. Levei uma “chapada“ do tamanho do mundo e fui ao chão. Nesse momento a minha cabeça estava a mil, não sabia o que pensar nem o que fazer. Fui para casa em silêncio e, quando cheguei, sozinha, apensar do meu quarto parecer estar cheio de pessoas com todos os pensamentos que me ião na cabeça, chorei. 
Mais uma vez, fizeste com que um dia incrível e feliz acabasse mal. Fizeste-me chorar por ti…não, isso não. Chega!
Alguém uma vez disse-me que “sabes que tens de mudar quando algo te faz chorar mais do que o que te faz sorrir”. Pois, parece que esse dia chegou. Por mais que não tenha querido ver, por mais que o tenha adiado não se pode evitar o inevitável.
 
E agora aqui estou, a expor tudo o que me vai na alma e sem saber o que fazer a seguir. Não o quero ver, não quero falar com ele mas sei que será impossível e inevitável. Temos os mesmos amigos, paramos nos mesmos sítios… Não posso fugir nem esconder-me, mas gostava muito. Não sei o que lhe dizer, isto se ele vier falar comigo. Numa situação “normal” ele iria tentar desculpar-se, fazendo com que no final parecesse que a culpa tinha sido minha e eu ia acabar por desculpa-lo e ficávamos bem até ao próximo ataque de ciúmes dele… Não vai acontecer, não pode acontecer. Não posso continuar neste ciclo vicioso e destrutivo que só me faz mal. Não posso voltar a ceder e, por mais que agora custe, tenho de o deixar ir… Tenho de me livrar deste sentimento que me está a consumir e ficar bem. Tenho de seguir em frente e, o melhor, é que seja sem ele a meu lado, pois realmente e visto as coisas, nunca o esteve realmente. Tem de ser. Vai custar, vai doer, mas tem de ser…

Comments

  1. Espero que fiques bem. É com estas coisas que aprendemos, crescemos e somos capazes de nos fortalecer para que das próximas vezes corra cada vez melhor... E eu sei que contigo vai correr porque mereces muito! :)
    Beijo grande
    Saudade

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