Aquele sentimento de dor profunda, aquele aperto no coração e a sensação de nó na garganta à medida que tentamos conter as lágrimas e dizemos a nós mesmos pela milionésima vez "sê forte!"... Não se trata de sobreposição, trata-se de compreensão. Afinal, creio ser um dos nossos anseios mais comuns, o desejo de sermos compreendidos.
 
Será que iríamos ser mais felizes se vivêssemos sem pensar se as escolhas que fizemos foram boas ou más? Se devíamos arriscar e prescindir do que temos para conseguirmos algo novo? Se devíamos largar quem nos faz bem, mas mal ao mesmo tempo? Depende. Para quem não sente a necessidade de crescer e amadurecer a resposta é "Sim. Somos mais felizes se evitarmos o desconhecido". Para outros que, do nada, se deparam com algo que não entendem nem conseguem explicar, a resposta tem de ser "Não. A felicidade constrói-se e para isso é preciso pensar muito, por mais que nos doa, e fazer coisas que nunca nos passariam pela cabeça, em qualquer outra circunstância". Temos de ter ciente que, na vida, nem tudo corre como planeado, que o plano e a dimensão da dor dependem da mudança que estamos dispostos a enfrentar, e que nada é definitivo nesta vida, exceto o facto de sermos obrigados a viver com as consequências das nossas escolhas...
 
Consequentemente e, no fim de contas, percebemos que, por mais pessoas, amigos que tenhamos  à nossa volta, estamos sós e só podemos verdadeiramente contar connosco próprios e confiar em nós mesmos. Afinal, por muito que expliquemos o nosso ponto de vista, será sempre isso, o nosso ponto de vista, e mais ninguém o irá intender como nós próprios, até porque, por vezes, sentimentos não conseguem ser expressos em palavras, mas apenas sentidos.
 
E assim, de pensamentos emaranhados entre opiniões, conclusões, sentimentos e afins, me despeço.

Comments

Popular posts from this blog

In another dimention...

We just can truly trust in ourselves...

Por que tenho de dar dez motivos concretos para não ter, quando não me conseguem dar um único motivo válido para ter?