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É bem verdade que, quando não se planeiam as coisas e não se está à espera que algo aconteça, as coisas acabam mesmo por acontecer... Numa noite aleatória, ganhei coragem, do nada (bem, o álcool ajudou um pouco), e fui falar com ele, de algo completamente aleatório mas que teve como resultado o nº de telemóvel dele e a "promessa" de que iria sair connosco naquela noite.
Acho que me estou a alongar demais...
Bem, basicamente a noite acabou bem... Ele confessou que eu não lhe era indiferente e digamos que eu também estava demasiado sincera no que lhe estava dizer... Depois, ele entrou em crise e pediu-me um "tempo" durante o qual nem um "bom dia" me dava mas eu, como boa pessoa que sou, dei-lhe esse tempo. Quando ele quisesse que viesse falar...e veio. Desta vez foi ele que procurou, com desculpas esfarrapadas de que precisava de falar comigo quando o poderia ter feito noutra altura...bem, não interessa.
Como é que tu lidas com alguém que diz que quer estar contigo mas que não pode, quando esse impedimento só depende dele deixar de o ter, porém, ele quer continuar como está pois está acostumado e assim "não tem problemas"... Então o que caralho estás aqui a fazer comigo?? Quer dizer, já nem se trata sequer da questão de estar comigo ou não, se ele não está bem com a vida que tem porque é que não faz algo para mudar isso, tendo em conta que só depende dele? Não percebo como é que alguém consegue viver assim... PIOR: Não consigo perceber como é que fui arrastada para o meio disto tudo... Não consigo perceber como é que esta pessoa ainda me tira os sono todas as noites, mesmo depois destas atitudes as quais não têm nada a ver comigo e vão contra aquilo que acredito maaaaas, mesmo assim, eu continuo a pensar naquele otário e a ficar fodida cada vez que ele passa por mim e é como se nunca nos tivéssemos falado sequer, pois pelos vistos ele nem amigas raparigas pode ter, quanto mais falar com elas... Não percebo como é que alguém diz "vamos ficar amigos e tomar café de vez em quando para falarmos" e depois nada, nem um "olá"...
Ok, retiro o que disse, a tola sou eu pois esta situação está-me a pôr maluca do sistema!! Aquele gajo...
MANSO!
PUSSY!
É certo que devemos arriscar, seja bom ou mau. Mais vale um "não" do que um "what if..." No entanto, nem sequer é a questão de correr bem ou mal...é saberes que tem tudo para correr bem (a possibilidade pelo menos) mas ele é que não dá oportunidade a ele próprio e a "nós" para que algo de bom possa acontecer. Pior do que levar um "não" é levar um "sim, mas não podemos", "sim, mas não vai acontecer", "sim, mas...". Isso irrita-me, pois podia ser tudo tão diferente se aquele gajo não fosse um burro acostumado de merda!
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Isto é irritante! É frustrante!!!
É tudo uma merda sabem!
No fundo, não sei o que raio fazer com a minha vida... Obvio que toda a cena do outro não ajuda, bem como a minha mãe ter-me enviado mensagem no fim de semana passado a dizer (do que eu percebi) que estava sozinha outra vez e a viver sabe-se lá onde... Não me disse mais nada, apesar de eu ter perguntado duas e três vezes. O curso vai uma merda, apesar de querer muito acabar o curso, não me consigo dedicar a ele pois nem sequer sei o que estou aqui a fazer, pois não quero este curso... Ao mesmo tempo não sei bem o que quero para o meu futuro, nem tão pouco sei por onde começar a fazer algo para isso e para que toda esta rotina mude e para parar de me sentir como me sinto.
Só sei que estou a gastar dinheiro com um curso que não quero. Não sei o que quero, mas sei o que não quero: não quero ter uma vida política e socialmente "normal", não quero ter um emprego das 9h às 17h, não quero pedir um empréstimo para ter uma casa ou um carro, não quero arranjar alguém, casar e ter filhos, e depois só me resta esperar pela morte, sem sequer ter saído da Europa. Ou pior, voltar para a terrinha e arranjar um emprego num call center como o meu pai tanto quer... Não quero que o resto da minha vida seja enfiada nesta cidade, com as mesmas pessoas, os mesmos hábitos. No entanto, também me custa afastar-me da minha família e amigos...
Não sei o que fazer para que aquela luz se acenda na minha cabeça para começar a tomar as decisões corretas, pensar outside the box, clarificar as ideias e ver o que realmente quero e o que não quero, o que vale a pena e o que devo definitivamente tirar do meu percurso.
Não sei o que ando aqui a fazer, mas sei que não pode continuar a ser o que tenho feito...
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