Aquele gajo 'tá-me a tirar do sério!!!



Vamos lá colocar os pontos nos i's e certificar-me de que não sou eu a tola aqui no meio... Tentem apenas imaginar o cenário: começas a achar piada a um rapaz, com o qual coabitas no mesmo espaço 75% do dia de ambos, quando dás conta que estás muito into him, descobres que ele namora *TCHAN TCHAN TCHAN!* Decides então afastar-te, cagar na cena, afinal, é só um gajo, que nem disponível está... Pois, depois de meteres na cabeça que "cancela", começas a receber feedback do outro lado como se o tal rapaz estivesse interessado. De repente, volta tudo em força, todos os sentimentos e o "acha piada" do início, e começas-te a deixar levar pelos pequenos sinais... E o sentimento vai crescendo, aquela vontade de o conheceres more and more, aqueles diálogos nunca tidos em loop na tua cabaça com o background "só queria que isto acontecesse", "só queria que isto fosse real"... Pareces uma adolescente de 15 anos, mas nem te importas com isso, pois tens uma brecha aberta do outro lado, sabes que há esperança... No entanto, tens medo de dar o primeiro passo. Então deixas as coisas rolarem e os dias passarem, à espera que algo aconteça (tipo milagre mesmo...).
É bem verdade que, quando não se planeiam as coisas e não se está à espera que algo aconteça, as coisas acabam mesmo por acontecer... Numa noite aleatória, ganhei coragem, do nada (bem, o álcool ajudou um pouco), e fui falar com ele, de algo completamente aleatório mas que teve como resultado o nº de telemóvel dele e a "promessa" de que iria sair connosco naquela noite.

Acho que me estou a alongar demais...

Bem, basicamente a noite acabou bem... Ele confessou que eu não lhe era indiferente e digamos que eu também estava demasiado sincera no que lhe estava dizer... Depois, ele entrou em crise e pediu-me um "tempo" durante o qual nem um "bom dia" me dava mas eu, como boa pessoa que sou, dei-lhe esse tempo. Quando ele quisesse que viesse falar...e veio. Desta vez foi ele que procurou, com desculpas esfarrapadas de que precisava de falar comigo quando o poderia ter feito noutra altura...bem, não interessa.
Como é que tu lidas com alguém que diz que quer estar contigo mas que não pode, quando esse impedimento só depende dele deixar de o ter, porém, ele quer continuar como está pois está acostumado e assim "não tem problemas"... Então o que caralho estás aqui a fazer comigo?? Quer dizer, já nem se trata sequer da questão de estar comigo ou não, se ele não está bem com a vida que tem porque é que não faz algo para mudar isso, tendo em conta que só depende dele? Não percebo como é que alguém consegue viver assim... PIOR: Não consigo perceber como é que fui arrastada para o meio disto tudo... Não consigo perceber como é que esta pessoa ainda me tira os sono todas as noites, mesmo depois destas atitudes as quais não têm nada a ver comigo e vão contra aquilo que acredito maaaaas, mesmo assim, eu continuo a pensar naquele otário e a ficar fodida cada vez que ele passa por mim e é como se nunca nos tivéssemos falado sequer, pois pelos vistos ele nem amigas raparigas pode ter, quanto mais falar com elas... Não percebo como é que alguém diz "vamos ficar amigos e tomar café de vez em quando para falarmos" e depois nada, nem um "olá"...
Ok, retiro o que disse, a tola sou eu pois esta situação está-me a pôr maluca do sistema!! Aquele gajo...


 

MANSO!

PUSSY!



É certo que devemos arriscar, seja bom ou mau. Mais vale um "não" do que um "what if..." No entanto, nem sequer é a questão de correr bem ou mal...é saberes que tem tudo para correr bem (a possibilidade pelo menos) mas ele é que não dá oportunidade a ele próprio e a "nós" para que algo de bom possa acontecer. Pior do que levar um "não" é levar um "sim, mas não podemos", "sim, mas não vai acontecer", "sim, mas...". Isso irrita-me, pois podia ser tudo tão diferente se aquele gajo não fosse um burro acostumado de merda!
E aqui estou eu, num impasse, não sei o passo a dar a seguir nem como o dar tão pouco. Não sei se deva sequer dá-lo ou então desistir de vez... Sendo que uma coisa é desistir quando sabes que não há mais nada que possas fazer, quando levaste um grande e redondo não, o que não foi bem o caso, outra coisa é desistir sabendo que a outra pessoa quer, a outra pessoa sente, mas diz que não pode... Quero muito falar com ele, insulta-lo de tudo, tentar perceber... mas ao mesmo tempo não quero ir atrás dele, não me quero submeter a essa "humilhação" por assim dizer, não quero dar o braço a torcer e ir atrás dele feito cachorrinho para ele me voltar a dizer o mesmo, para nada mudar ele continuar a não tomar uma posição e eu ficar ainda mais louca... Ai, mas apetece-me tanto...!!! Apetece-me encher aquela cara de estalos até lhe dar o click! Grrrrr!!!

Isto é irritante! É frustrante!!!


É tudo uma merda sabem!

No fundo, não sei o que raio fazer com a minha vida... Obvio que toda a cena do outro não ajuda, bem como a minha mãe ter-me enviado mensagem no fim de semana passado a dizer (do que eu percebi) que estava sozinha outra vez e a viver sabe-se lá onde... Não me disse mais nada, apesar de eu ter perguntado duas e três vezes. O curso vai uma merda, apesar de querer muito acabar o curso, não me consigo dedicar a ele pois nem sequer sei o que estou aqui a fazer, pois não quero este curso... Ao mesmo tempo não sei bem o que quero para o meu futuro, nem tão pouco sei por onde começar a fazer algo para isso e para que toda esta rotina mude e para parar de me sentir como me sinto.
Só sei que estou a gastar dinheiro com um curso que não quero. Não sei o que quero, mas sei o que não quero: não quero ter uma vida política e socialmente "normal", não quero ter um emprego das 9h às 17h, não quero pedir um empréstimo para ter uma casa ou um carro, não quero arranjar alguém, casar e ter filhos, e depois só me resta esperar pela morte, sem sequer ter saído da Europa. Ou pior, voltar para a terrinha e arranjar um emprego num call center como o meu pai tanto quer... Não quero que o resto da minha vida seja enfiada nesta cidade, com as mesmas pessoas, os mesmos hábitos. No entanto, também me custa afastar-me da minha família e amigos...
Não sei o que fazer para que aquela luz se acenda na minha cabeça para começar a tomar as decisões corretas, pensar outside the box, clarificar as ideias e ver o que realmente quero e o que não quero, o que vale a pena e o que devo definitivamente tirar do meu percurso.

Não sei o que ando aqui a fazer, mas sei que não pode continuar a ser o que tenho feito...

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